Entre a Lagoa e o Mar. Reminiscências.

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 O jornalista Fernando Pedreira lança seu mais novo livro, relembrando suas histórias vividas no Brasil e no exterior e a história do Brasil. “Fernando Pedreira – Entre a lagoa e o mar – Reminiscências” traz em suas mais de 400 páginas memórias acerca da juventude, da política, dos amigos, do jornalismo, da família, entre outros temas. Sem se importar com uma cronologia, as histórias vêm e vão como se ele estivesse conversando com o leitor.
Jornalista e escritor, esse é o décimo primeiro livro de Pedreira. Sua construção se deu através de um longo processo que começou em 2000, quando a editora Vivi Nabuco sugeriu ao amigo que colocasse no papel algumas de suas lembranças. Cuidadosamente, as memórias foram ganhando corpo, a partir de 2006, e chegam ao público na época em que celebra seu aniversário. 
Pedreira passou, entre outros, pelos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Morou no Rio de Janeiro, em Brasília, em Belo Horizonte, em São Paulo, em Nova York e em Paris. Em cada uma dessas cidades, e outras tantas por onde passou, viveu histórias saborosas e conheceu centenas de pessoas que fizeram parte de sua história particular e da história brasileira. 
A apresentação de “Entre o mar e a Lagoa” traz uma carta do ex-presidente, professor e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, amigo desde os tempos da juventude e de quem foi embaixador na Unesco, em Paris. Muitos encontros e desencontros estão ali em mais de 60 anos de amizade. FHC chegou a receber as primeiras cem páginas do livro ainda em 2006 e, em sua opinião, “há seções fascinantes no livro e, para minha surpresa, as mais fascinantes são as que se referem a seus sentimentos, quase sempre escondidos na vida diária”. 
Além do carioca Fernando Henrique, outro personagem presente nas páginas é o mineiro Roberto Gusmão, amigos desde a época em que  jovens integraram a União Nacional dos Estudantes. Gusmão chegou a se tornar, por breve tempo, Ministro da Indústria e Comércio do governo de Tancredo Neves. Pedreira relembra algumas das histórias comuns aos dois como uma viagem à Europa, na época em que se “levava três dias e duas noites para se chegar a Paris pela Air France”, além de outras feitas a serviço da política estudantil. 
Política e políticos, aliás, são tema e presença constante nas páginas de “Entre o mar e a Lagoa”, como foi em toda a sua vida. Por isso também estão lá histórias e reflexões sobre as ações de ex-presidentes como Juscelino Kubitschek, João Goulart, Getúlio Vargas, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e dos militares. Análises dos períodos vividos com intensidade, seja como observador - atitude inerente ao seu ofício de jornalista -, como personagem deles ou ainda pelo convívio com alguns desses protagonistas. 
Pedreira ressalta: “Fui comentarista político a maior parte da minha vida e o livro é um livro político. Somos todos políticos. Quem não gostar disso é melhor não ler”. Em exemplo disso é que quando era diretor de redação do O Estado de S. Paulo, Pedreira, junto com Ricardo Kostcho, dirigiu a investigação de uma matéria sobre privilégios de funcionários do Governo. A série de matérias, publicadas em 1976, comprovou a existência de ‘superfuncionários’ com privilégios e vantagens e cunhou a palavra ‘mordomia’, que usada até hoje. 
“A primeira grande manifestação política de que me lembro de ter participado foi uma imensa passeata, no dia seguinte à morte de Roosevelt, acho que em março de 1945. Passamos todos em silêncio, diante da embaixada americana, na avenida Presidente Wilson; um prédio antigo, com uma grande sacada quase à altura da rua, e, nessa sacada, o embaixador Adolf Berle (grande figura) e, a seu lado, o líder comunista Luís Carlos Prestes, recém-libertado (e que havia se entendido, na cadeia, com o ditador Getúlio, mas nós não sabíamos disso). Viriam em seguida os anos da política estudantil e da campanha do petróleo, com Roberto Gusmão,Fernando Gasparian e dezenas e dezenas de outros.” 
Os amores também estão lá. A mãe amorosa, as namoradas passageiras e as mulheres definitivas. “O episódio mais difícil de escrever foi o mais romântico. Sou um romântico, embora encabulado”, define-se Pedreira. Os amigos que já se foram também se fazem presentes nas páginas. O saudoso Millôr Fernandes, amigo querido que na realidade se chamava Milton, e com quem partilhou muitas histórias e muitas viagens; o jornalista Evandro Carlos de Andrade;o empresário e editor Fernando Gasparian; o cunhado Flávio Rangel; o jornalista e comentarista de futebol João Saldanha, e tantos outros. 
“Em verdade, no fim das contas, quem tem razão é mestre Manoel de Barros, poeta dos grandes, que vem de morrer ainda agora e mereceu necrológios tão bonitos nos jornais da terra. Diz ele: “A gente nasce, cresce, amadurece, envelhece, morre. Pra não morrer, tem que amarrar o tempo no poste. Eis a ciência da poesia: amarrar o tempo no poste.
E haja poste.” 
O AUTOR 
Fernando Jorge Pedreira é carioca, nasceu em 1926. Cursou a Faculdade Nacional de Direito, na então Universidade do Brasil (hoje UFRJ), que abandonou no último ano. Jornalista por vocação escreveu para os principais jornais nacionais, trabalhou no Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil, e foi embaixador brasileiro na Unesco em 1999. Escreveu dez livros: “A Liberdade e a Ostra: estudos sobre a política no Brasil de hoje”, “31 de Março - Civis e Militares no Processo da Crise”, “América Mito e Violência”, “Brasil Política”, “Dom João”, “Impávido Colosso”, “O Quebra Cabeças”, “Retrospectivas Figuras. Raízes e Problemas”, “Summa Cum Laude: Um Ensaio sobre o sentido do século” e “Um Cavalo de Chinelos”. 

 

DADOS DO PRODUTO 
 
ISBN: 978-85-88747-50-0
Encadernação: Capa Brochura
Formato 15 x 23 
Páginas: 428
• Prazo para postagem:
• Código do produto: 527EEC
• Quantidade mínima: 1
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